segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Lembranças Escritas

A perpexidade dos fatos
Muitas vezes me assusta.
Por meses me pus a fingir
Que nada sentia
Tratei desse sentimento
Como se trata uma minúscula pedra na rua.

Após meses de devaneios nas madrugadas
De amizades surrupiadas
Desventuras, paixonites e atrações por status,
Encontrei o que não queria encontrar.
Palavras suas “perdidas” entre as minhas
Gravadas em minha poesia
Recoberta de sentimentos e lamentos
Sem negar o que um dia existia.

Ainda não encontrei forças para ler
Pois só de saber que a letra é tua
Meu corpo treme, gela, ignora.
Como uma criança com medo,
Acuo-me no canto.
Sinto que te perdi novamente
O que é pior,
Antes eu tinha o que perder, hoje só restam-me lembranças.

Em noites vagas, choro e disperto lamentos,
Por não conseguir controlar meus sentimentos.
Atravesso as noites triste e calado
Sonhando e relembrando
Que um dia tudo foi diferente.

Guardo em mim

Tenho guardado em mim
As vagas lembranças
Deste teu cheiro incomum.

Como se fosse impossível perceber
Que teu corpo possui um perfume único
Que muitas flores invejam.

Ainda guardo comigo
Algumas de tuas roupas
Dentre outros objetos pessoais.
Guardado em uma caixa com seda
Dentro de um armário chaveado, em meu pensamento.

Sempre levo comigo
Alguns costumes bobos.
Frases secretas e gestos singelos
Que só fazem sentido contigo.

Às vezes ainda carrego em meus dedos
O elo em forma de compromisso,
Com a esperanças de tu voltar.

Hoje guardo em mim
Vagas lembranças de uma vida,
Que não sei se vivi ou se sonhei.

Perdidamente Deslocado

Estou querendo arranjar explicação
Para este sentimento que estou a sentir
De tanto passar de mão em mão
Hoje tenho medo de me iludir

Sinto, em partes, que estou perdido.
Não sei até onde posso ir sem mentir
Sem sentir, sem estar, sem ser quem sou.

Sinto-me deslocado, é estranho, como esse novo (nem tão novo), me assusta de uma maneira aderradora.
Como se raiva e ódio estivessem unidos por esse elo forte como a água.

Essa água que escorre de meus póros
É de tanto correr nesse labirinto imundo.
O suor que hoje mata minha sede,
Também é o mesmo que tentou me afogar.
Sem ele, hoje, nem me vejo longe,
Mas sinto que ainda vai trazer-me
O novo fôlego pra respirar teu perfume.

Ainda não achei a explicação que procurava
Porém encontrei um caminho.
Se me sinto perdido e deslocado
Deve ser medo de ficar sozinho.

Quatro dias sem tu

Já fazem quatro dias sem sol,
Sem chuva, nem calor, nem frio.
Dias cinzas e amargos,
Sem risos, dias vazios.

Depois que tu se foi,
O sol, o calor, o vento, a luz sumiram.
Como se o mundo girasse a tua volta.
E tudo ficou vazio,
Sem cor, cheiro ou sabor.

Não sentir teu perfume
Evazando pelos corredores
É o mesmo que não sentir o ar nos pulmões.

Ficar dependente de ti,
Como uma droga, um vício.
Tão dependente dessa inocência
De menina mimada e vulgar

Dependente de ti,
Viciado no sol, no calor.
Não te ver é não ver a cor,
É não sentir o cheiro,
É não ter sabor.

Esses quatro dias longe de tu,
Foram quatro dias em um inferno
Em que nem o diabo quis morar.

Quero que chova

Essa chuva que cai
Tão gelada e cortante
Esconde minhas lágrimas
Torna-me inquietante.

Queria que a chuva fosse canivete
Para cortar meus sentimentos, fatiar meus anseios.
Queria que fosse ácido
Para consumir de mim, esse desejo gritante de te ver.

Que essa chuva me deixasse sem ar,
Que meu último suspiro fosse afogado,
Que meu corpo molhado e pálido
Caísse perante teus olhos
E tu pudesses me afagar em teus braços.

Molha chuva meu rosto,
Esconde minhas lágrimas
Pois vou chorar muito ainda
E quero que chova mais e mais

Quero acordar desse pesadelo,
Quero abrir os olhos e ver o sol.
Quero novamente teu abraço
Teu sorriso, teus olhos,
Quero teu carinho, teu afago.
Quero que chova, para que não me veja chorar.

Sonho Ruim

É triste apenas conviver com tua lembrança.
E pensar que já fomos tão mais próximos.
Convivo dia-a-dia com o desafio de ter apenas essa única lembrança.
Com o desafio de tentar me aproximar novamente.
Convivo com a infelicidade de te ver nos braços de outro.

Às vezes penso ouvir tua voz,
Seja em um simples sussurrar ou em berros escandalosos.
Teu cheiro, esse sim, posso jurar que sinto todos os dias pela manhã.
Quando estou sozinho em casa, ou trancado em meu quarto,
Ouço barulhos pela casa,
Fico olhando fixamente para porta, esperando que tu abra, e diga que tudo não passou de um sonho ruim.

É impossível olhar para o aquária e não chorar.
Tuas coisas jogadas no canto da sala, sempre me fizeram lembrar,
Aquele tempo que te fez tão feliz, hoje não existe mais.
Só de pensar que tu tens apenas as mágoas guardadas,
Minha mente distorce e meu coração trava.

Quero apenas acordar e ver que esse sonho tão ruim, não passa de um sonho.
Um sonho que assusta e machuca, mas que sempre acaba.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A moça da rua suja e impura

Os cabelos soltos,
Os óculos na face.
Tinha uma beleza oculta
E segredos a guardar.

Por aquela rua suja
Em que sempre a encontrava
Ela parecia desfilar sobre rosas
Em meio de tanta impureza

Sempre uniformizada,
A seriedade a denunciava madura,
Sólida feito rocha,
Delicada feito flor.

Feito zumbi perdido na noite
Eu aguardava o amanhecer,
Para revela na rua suja e impura
E sonhar com ela me ver.

Ser notado por ela
É bem mais que uma dádiva
Dos olhos claros as sardas dispersas
Ela encanta por onde passa
Com a simplicidade e a beleza de um pássaro que voa.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Moça do Campo

Estou a tua procura,
Faz um bom tempo.
Com saudade que corroi,
Não sei se agüento.

Saudade que castiga,
Mas sigo a te procurar,
Para sermos felizes,
Para somente amar.

Quando te acho,
Tenho a surpresa.
Você está no campo,
Em meio à natureza.

Longe de mim,
Dentro de meu coração.
Menina perdida no campo,
É fruto da paixão.

Paixão que desejo,
Desejo que quero.
No campo a bela moça, que tanto espero.

Espero eternamente,
Pelo dia em que vou te ter,
Sem saudade, sem distância,
Para nunca te perder.

Alma Adoecida

Feridas de uma alma,
De uma alma perdida,
Perdida no mundo,
E pelo amor esquecida.

Sem amor ainda resiste,
Essa alma adoecida,
Que pelo ódio foi tomada,
E pela razão enlouquecida.

O ódio nada mais é,
Que o amor adoecido.
Amor que adoeceu,
Por causa de um coração partido.

Partido pela solidão,
Que a distância provocou,
Solidão de um amor,
Que o tempo não trocou.

Amor que resiste,
Nessa alma que torturou.
E mesmo torturada,
O tempo não apagou.

Feridas de uma alma,
De uma alma adoecida.
Que luta por um amor
Para não ser esquecida.

Amor Que Arrasta

Se eu pudesse entender
O que se passa em sua cabeça,
Poderia fazer algo
Para que não me esqueça.

Se te quero comigo
É porque sinto amor.
Se não estou ao seu lado,
É porque não da valor.

Se eu pudesse compreender
O teu modo de agir,
Poderia me aproximar
Sem você tentar fugir.

Quando eu me aproximo
E você se afasta,
Sinto – me culpado
Por esse amor que arrasta.

Paixão que me consome,
De um modo derradeiro,
Que mata – me por dentro
Por não te ter por inteiro.

Se pudesse saber
O que acontece comigo,
Poderia entender,
Como é bom estar contigo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Menina Suh

Ultimamente tenho pensado muito em ti.
Desde que voltamos a nos ver,
Em um encontro inusitado na padaria.

Ver teu sorriso meigo e sem jeito,
Como se não quisesse sorrir.
Olhar em teus olhos, sentir teu cheiro,
Voltar a sonhar com aquilo que eu havia deixado ir.

Esse bem sem tamanho, sem nome, sem mau.
Esse meu jeito bobo, meu sorriso espontâneo.
É resultado deste teu ser único, singular e sem igual.

Tenho tentado repetir todos os dias,
O mesmo caminho, o mesmo horário.
Só para te ver novamente,
Pra tentar fazer ao contrário.

Incrível, como tu não leva-me a sério.
Mesmo que eu fale brincando
Meu sentimento é uma fantasia real.

Inesperado foi a forma que te conheci,
Inusitado o dia em que te vi,
Enamorado a forma que fiquei,
Ao teu lado a forma em que sonhei.

Amiga como tu, poucas encontrei.
"Namoradas" como tu, quase nenhuma aceitei,
Meu OBRIGADO vai pra Suh, menina em que gamei.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Segundas Intenções

Era pra ser um jogo
Não era pra ninguém se apegar
Fomos brincar de amor e olha só
Começamos a nos apaixonar

Enchemos-nos de dúvidas, de intrigas.
Deixamos que os outros tomassem conta de nós
Deixamos-nos levar pelo fogo, pelo desejo, pelo apelo carnal.
Ficamos em duvida sobre as regras do jogo
Jogamos mal e errado
Jogamos como loucos, como depravados.
Brincamos com o sentimento
E saímos machucados

Pensamos que era tudo diversão
Que era pegar e não se apegar
Achamos que fosse simples
Que a brincadeira não teria fim
Brincamos com o amor e estamos apaixonados
Mentimos pra nós mesmos e estamos desesperados

Acreditávamos que a solução era simples
Que nada passava de sonho ou ilusão
Acreditamos em nossas mentiras
Mentimos para o nosso coração

Fomos falsos
Não tinha uma só palavra sem uma segunda intenção
Fomos hipócritas
Desrespeitamos tudo que defendíamos quando estávamos sãos
Nossa sanidade foi abandonada
Assim que nos conhecemos
O amor tomou conta da gente
E agora não nos conhecemos

Nossas segundas intenções viraram únicas
Nossa brincadeira não tinha mais graça
Estávamos completamente apaixonados
Estávamos perdidos, sem ação ou reação.
Ficamos deslocados, ficamos sozinhos.
Estamos perdidos, sem querer ser achado.
Fomos verdadeiros no jogo da mentira
Brincamos de amar e agora estamos amando
Brincamos com o fogo e acabamos grudados
Grudados por um sentimento sem nome e tamanho
Brinquei contigo e virei teu brinquedo
Agora que quebrei, virei história.

Horas Vagas

Não sei por que tu ainda insistes em ocupar meus pensamentos
Às vezes, chego a sentir que jamais irei amenizar tua imagem em mim.
A cada canto que olho te vejo nas coisas mais pequenas
Sinto que tu ainda é parte de mim, mesmo depois de tanto tempo.

É como um dejavu sinto que já vivenciei tudo novamente, mas com outras pessoas.
Burrice minha, lógico que é alucinação.
Jamais seria feliz com outras pessoas como fui contigo
Porém, isso não significa que eu não voltarei a rever a felicidade.
E, que nem mesmo viverei de lembranças minha vida toda.

Por mais que tu ocupe meus pensamentos
Eu tenho muito tempo vago para ser feliz
Tu geralmente aparece quando estou sozinho, sem ninguém, isolado, abandonado, esquecido.
Quando meus amigos e familiares não se fazem presente
Aparece em meus pensamentos como se apresentava em minha vida
Quando eu ainda sonhava em te ter como uma “amiga especial”

O esquisito é que ainda acho estranho te ver com outro
Ainda tenho os mesmos sonhos e jamais consigo imaginá-los ao lado de outra pessoa
Parece que tu jamais vai sair de minha vida, chego a pensar até que um dia voltaremos e seremos muito mais do que simplesmente felizes, mas é besteira, mesmo que os dois quisessem isso, o meu orgulho e desejo é mais forte que o que posso chegar a sentir por tu.

Essa tristeza e vazio enorme que sinto nesse momento, eu liberto em palavras.
Minha vontade de chorar ainda é grande, sempre que posso me tranco no quarto e fico a me maltratar com as lembranças, fotos, fatos, fobias, frescuras, gírias, gulas...
Se em algum momento de tua vida ainda deparar-se pensando em mim, saiba que minha vida mudou muito, mas minha rotina ainda é vazia e tu permanece ocupando um espaço bem considerável em meus pensamentos... e por incrível que pareça...em meu coração!

Eu não voltei a sentir o medo, o frio na barriga, nem mesmo cheguei a ver o brilho ou acreditar em algo realmente sério com outra pessoa.
Não consigo ficar com inúmeras, sair para festas e ser de todas.
Mas isso não é por que tu ainda está em mim, mas simplesmente, por que por mais feliz que qualquer outra pessoa possa me fazer, existe algo em mim que ainda não aprendi a controlar... Meus sentimentos!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Voltar a Ser Criança

Voltar a ser criança
Voltar a ser super-herói
A acreditar em mágica
A jogar bola de pés no chão
Volta r a não sentir dor
A ter sentimentos
A ter amigos
Ter diversão
Voltar aos banhos de chuva
A casa da vovó
A pescar com o avô
Voltar à escola
A chegar atrasado
A ir ao colégio pela merenda
Pelas bolitas
Pelo recreio
Pela educação física

Voltar a ser criança
E retomar meus sonhos
Meus desejos
Minha criatividade
Voltar a rezar
A ter uma crença
A ter doença
Voltar a rir atoa
A ver papai Noel
A correr atrás dos ninhos de Páscoa
Voltar a ter um dia só meu
A gostar dos domingos
A chorar sem vergonha
Ter novamente a vergonha que me foi tirada, ou que perdi no caminho da mudança.
Voltar a amar, a gritar e correr.
Voltar ao tempo dos sentimentos puros e sinceros
As paixonites de escola
Aos amigos das ruas
Aos bichinhos de estimação

Voltar a ser criança
Ter novamente esperança
Voltar a acreditar nos adultos e nas promessas não cumpridas
Dormir e acordar em um mundo diferente
Ter ansiedade,
Ter variedade
Diversidade
igualdade
felicidade
Voltar a ter idade
Querer ser de todos,
Agradar a todos
Se mostrar pra todos
Voltar a ganhar visitas
A ver os parentes e viajar de uma cidade pra outra como se a cada metro percorrido fosse uma aventura
Voltar aos parques de diversões
Aos circos.
Querer ser mágico, malabarista, palhaço.
A domar animais ferozes, a salvar o mundo.

Voltar a ser criança
Voltar aos meus objetivos
Voltar a sonhar
Voltar a pensar
Voltar a ter princípios
Voltar a pensar nos outros
Voltar aos sentimentos
Querer ser gente grande!

Névoa

É como se o ar frio da noite cobrisse meus olhos
Com a névoa branca e a garoa leve
Ele ofusca minha visão, faz-me sentir frio e vazio.

Essas noites longas e frias, em que o tempo sempre parece mudar.
Procuro algo que nem mesmo sei o que é
Tão pouco onde encontrar

Minha mente que sempre está cheia e confusa
Encontra-se vazia e perdida, como se nada fizesse sentido, como se tudo estivesse perdido, é como se ninguém me desses ouvidos e, ou se quer sabe que eu existo.

Procuro com calma uma explicação para algo que não sei onde está
O frio que me corrompe que me treme, que me faz temer...
Essas noites longas e escuras, frias, sombrias de palavras negativas e repetidas, deixam no ar a duvida da certeza, a divida não paga, a celebração do nada.

Parece que nada tem solução, parece que nunca irá mudar, sinto que não saio do lugar, que não consigo respirar, é como se eu não pudesse ver!

Lembro dos teus olhos e sorrisos, dos momentos bons e alegres, das promessas feitas e pagas, dos dias claros, chuvosos, ocupados e vazios.
As manhãs de namoro e as noites de amor, o cheiro do pecado, o gosto do perigo, o medo da descoberta, de ser visto, de ver, de ser, de não ter.

Essa névoa que me cobre, que me engana me iludiu e me confunde.
Névoa vazia, fria e sombria. Toma conta de mim como se eu fosse um objeto largado na rua, deixa-me encharcado, pingando o orvalho, deixa-me astuto as coisas que não tenho mais!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Gelo, Fogo do Pecado

Paixão é fogo,
Desejo, tentação,
A ardência do gelo
No toque da mão.

Gelo que percorre
O corpo encurvado,
Que derrete na boca
Sem o beijo roubado.

Os cabelos negros,
Uma boca a desejar
O que não pode ter,
Um beijo a roubar.

Gelo que queima
Como o fogo ardente,
Na menina cobiçada
Com jeito inocente.

Um jeito que domina
E leva a tentação.
O gelo desliza no corpo
E congela seu coração.

Noites vazias,
Coração machucado.
Noites sozinhas,
Sem te ter ao meu lado.

Preso ao Passado

Sinto-me mal em relembrar
É como se tivesse perdido a vontade de viver
Nem mulheres, nem festas, nem jogos.
Nada mais me da prazer

Sinto-me ligado ao passado
Como se minha liberdade estivesse presa
Sinto que não consigo me soltar
Embora as respostas estejam ali, sobre a mesa.

Nem sentimento, nem apelo carnal.
Nada mais faz sentido
Sinto como se nada importasse
Como se não tivesse vivido

Do anoitecer ao nascer do sol
Tudo é ligado à lembrança
Retorno ao meu passado
Vivo preso como uma criança

quarta-feira, 17 de março de 2010

Chuva de Novembro

Chuva de novembro,
Novembro de primavera,
De jardim florido,
De flor tão bela.

Chuva de novembro,
Molha o coração,
Coração partido,
Partido pela ilusão.

Ilusão de um amor,
Que a tudo resistiu.
Amor de uma pessoa,
Que nunca existiu.

Chuva de novembro,
Chuva que corta,
O coração de uma alma,
De uma alma morta.

Morta pelo amor,
Que em teus braços nasceu.
Amor que virou ódio,
Ódio que não morreu.

O ódio nada mais é
Que o amor adoecido,
Adoecido pela ilusão,
De um coração partido.


Chuva que dói,
Chuva que acalenta,
Chuva que corrói,
Chuva que sustenta.

Chuva de novembro,
Chuva do amor,
Chuva da lembrança,
Chuva da dor,
Chuva da ilusão,
Chuva sem cor,
Chuva da solidão.

Chuva que molha,
Esta alma perdida,
Perdida no mundo,
Pelo amor esquecida.

Chuva de novembro,
Coração apaixonado,
Amor adoecido,
Sem te ter do meu lado.

Aquelas Quentes - Frias Noites

Sabe aquelas noites em que o mundo parece vazio?
Que não existem outros climas
Outras rimas, ruas, avenidas, becos.
Que é tudo quieto, noites em que o silencio do eco.

Sabe aquelas noites frias de verão?
Que o vento vem quente e ofegante
Que a brisa é leve e vazia
Que as ruas são silenciosas e receptivas
Noites intrigantes convidativas.

Lembra das noites a dois?
Noites quentes esperançosas.
Em que o surto do vento arrancava o silencio dos sorrisos
Em que a brisa não entrava que as pessoas não eram iguais.
Que as ruas não tinham nada, nem cães, nem gatos.
Lembra das nossas noites virtuais?

Em pleno verão algo tomava conta de nós
Esperávamos a hora certa, um momento correto.
Éramos implacáveis, éramos discretos.
Éramos nós, era a sos, eram em devaneios.
Noites que antes eram vazias,
Noites agora não tão sombrias
Noites quentes apesar do frio

Lembra a distancia que era?
O quanto caminhávamos sem nos preocupar?
Lembra que tudo era risos, a cara inchada, o barulho do ar.
Momentos de reflexão, de promesas roubas de flores em vão.
Noites largadas, em que nos perdíamos.
Em que descobríamos novas formas para o amor
Minutos de silencio a espera de alguma novidade
Descobrindo novas formas de experiência humana

Aquelas noites que não voltam
Que viraram lembranças em uma só mente
Duas vidas em uma só, caladas, sofridas, judiadas.
Uma vida perdida, outra aproveitada.
Dias de caminhada, noite, madrugada.
Momentos de um, a dois a três e a vinte quem sabe.
A mesma hora de sempre, na rua carente, com flores inocentes.
Os registros da memória, as flores sem cheiro.
A aceitação espontânea, a felicidade momentânea.

Noites agora sombrias, vazias, caladas.
Noites sem vida, vida sem cor, cor sem dia, dias sem amor.
Lembranças vagas de um coração iludido
De uma vida roubada, de um amor foragido.
Uma paixão disfarçada por um amor sucumbido
Que emergiu de dentro da amizade florida nos campos da verdade
Verdade nem tão verdadeira, desejos nem tão claros,
Águas tão paradas para uma sede tão profunda
Profunda dores perdidas, nas noites quentes de amores.
Amores tão reais quanto às dores carnais

Lembra? Aqueles momentos que não voltarão mais
As falas, bordões e frases implicadas a nós.
Mais propicias que o sentimento, pois eram espontânea.
Como todo o amor que radiava o momento
As nossas ilusões, mentiras e enganações.
Hoje tatuadas no corpo, na mente, no coração.
Perdemos a fé, o amor, a esperança.
Noites de promessas, com nomes de crianças.
Rimas baratas, poesias nítidas, sentimentos ocos.
Carne perdida, alma adoecida, amor destruído, futuro corrompido.
Noites quentes e caladas, noites agora, sem madrugadas!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Donzela Perfeita

Com um brilho no olhar,
Dos olhos castanhos,
Da bela morena,
De um jeito estranho.

Com lábios carnudos,
Com lindo sorriso,
Com beijos tão doces,
Que lembram o paraíso.

Com abraço que acalenta,
Com seu jeito de menina,
Com um gênio que enlouquece,
Mas que também alucina.

De face tão bela,
De perfeita miragem,
Em um coração o nome,
Foi feita a tatuagem.

De tão puro amor,
De divina sedução,
Que sabe dizer “sim”,
Com a facilidade que diz “não”.

De pele suave,
De curvas bem feitas,
De corpo tentador,
A donzela perfeita.

Só Você

O céu, o mar, a Terra,
A natureza.
Parece impossível,
Nada se compara a tua beleza.

O paraíso que é teu sorriso,
Que demonstra perfeição.
O brilho de teus olhos,
Que humilha constelação.

O afago de tuas palavras,
O carinho de teu abraço,
É tanta coisa,
Que não sei o que faço.

A doçura de tua boca,
O mel de teu beijo,
É tanta atração,
Que fico louco quando te vejo.

Teu corpo é perfeito,
Assim como você.
Toda vez que te vejo,
Não sei o que fazer.

Vivo em teu mundo,
Vivo a esperar,
Por um pedacinho de amor,
Que só você pode me dar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Momentos

Momentos felizes;
Momentos a dois;
Momentos agora;
Momentos depois;
Momentos de festa;
Momentos de diversão;
Momentos de alegrias;
Momentos em vão;
Momentos de amor;
Momentos de paixão;
Momentos a sós;
Momentos para o coração;
Momentos que vão;
Momentos que vem;
Momentos afins;
Momentos sem ninguém;
Momentos em paz;
Momentos após;
Momentos atrás;
Momentos sozinhos;
Momentos de solidão;
Momentos de sim;
Momentos de não;
Momentos vividos com você;
Momentos perdidos;
Perdidos por não te ter.

Amor Sem Cor

Não se pode estar sozinho,
Quando se está com alguém.
Mas quando esse alguém não te ama,
É como se estivesse sem ninguém.

Alguém que não te ama,
Não merece seu amor.
O fato desse alguém não te amar,
Pode deixar sua vida sem cor.

E uma vida sem cor,
É uma vida morta.
É difícil ter cor,
Quando o amor não bate a sua porta.

Amor é sentimento para todos,
Mas que só alguns tem.
Pois quando tu se sente sozinho,
É o mesmo que estar sem ninguém.

Pode se estar na multidão,
E não ver nada.
Meu amor é de um coração,
Que ao invés de sangue circula água.

Água que dissolve,
Com o tempo que passa.
Viver sem ninguém,
É viver na desgraça.

Água que dissolve,
Água sem cor.
Viver sem você
É viver sem amor.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Garoto Apaixonado

Queria ser um anjo
Para em teus sonhos poder viver
Quem sabe, controlar tua mente
Para nunca me esquecer

Talvez um pássaro
Para em teu céu poder voar
É no céu de tua boca
Que meus beijos querem morar

Mas não sou nada disso
Sou um garoto apaixonado
Iludido pelo sonho
De um dia ficar do teu lado

Se um dia em teu coração
Eu for morar
Meus beijos serão pássaros
E pelo teu céu irão morar

Vida de Alguém Não Presente

Abra os olhos
E tente ver,
Lembranças de um coração,
Que insiste em sofrer.

Deixe o tempo passar,
Para quem sabe poder sentir,
Lágrimas que nunca tocaram o chão,
Por não deixa-las cair.

Não faça perguntas,
Que só o coração pode responder.
Sentimentos não são palavras,
Não se pode descrever.

Não deixe o tempo consumir.
Toda a sua vida.
Pois o tempo jamais será motivo,
De uma vida destruída.

Os olhos que iluminam,
São os mesmos que apagam,
Os braços que empurram,
São os mesmos que afagam.

De amor borbulhante
E coração quente.
Minha vida em teus braços
E você não presente.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ardência de uma Flor

Perfume não é cheiro,
Perfume é amor,
Amor da natureza,
Dado a uma flor.

Teu perfume é amor,
Teu perfume é sedução,
Perfume que inalo,
Com cheiro de paixão.

Paixão que incendeia,
Que queima-me por inteiro,
Chama de um amor,
Amor verdadeiro.

És flor do campo,
De rara beleza,
Impossível de encontrar,
Em meio a natureza.

Flor com o perfume,
Perfume da paixão,
Com teu cheiro vou alem,
Alem da ilusão.

Cheiro do fogo,
Na ardência de uma flor,
Tu és moça do campo,
Dona do meu amor

Mentiras de Um Coração

Meu corpo não se mexe,
Como você não me responde?
Procurei – te pelo universo,
Onde você se esconde?

Só te vi trancada
Dentro de meu coração.
Parecia estar triste
Cada vez que dizia – me “não”.

Porque mentir para si mesma?
Para que falar sem saber?
Porque mentir para nós dois,
Se o que mais deseja é me ter.

A cada “não” que fala – me
É um pedaço de mim que morre.
Por que mentir para o coração,
Porque que você corre?

Que mais quero é te ter
E nossos corações entrelaçar.
Dois corações apaixonados,
Que o tempo fez amar.

Não fuja de mim,
Não esconda este sentimento,
Quero ser teu pela vida inteira,
Em todos os momentos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Mal da Morena

Com os olhos eu vi,
A ilusão começar,
Sabia que era ilusão,
Mas insisti em te olhar.

De cabelos escuros,
De pele morena,
De olhos castanhos,
De um jeito serena.

Era o demônio,
No corpo de uma santa,
Que a todos encanta,
Que a todos engana.

Que a todos seduz,
Que a todos alucina,
Que enlouquece com a luz,
De seus olhos de menina.

Sabia que era ilusão,
Mas insisti em olhar,
Acordei para a vida,
Consegui me libertar.

Saudade do Frio

Está tão quente
Que sinto saudade do frio,
Frio que arrepia o corpo
Que deixa um vazio.
Um frio congelante,
Que domina completamente
Que controla a mente
De quem só quer um pouco de prazer.

O calor do corpo,
A boca distante,
Os cabelos negros,
O olhar dominante.

Sinto saudade do frio,
Do corpo quente,
Do jeito de seu rosto
Sempre que me mente.
Do jeito que me domina,
Do jeito que me enlouquece
Em uma noite de prazer
Depois finge que esquece.

A noite tão quente
Não sai da minha memória,
Os momentos ao teu lado
Viraram lembranças, viraram história.

Te desejo mais que tudo,
Te peço para voltar,
Em uma noite só nossa,
Uma noite para amar,
Para trocar carícias,
Para ter prazer,
Por mais que negue
Também quiz me ter.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Modo Errado

Você chora,
Diz que quer morrer.
Olha-me de um jeito,
Que me deixa entristecer.

Assim como todo mundo,
Preciso ser amado.
Você chora e ri,
Entende tudo de modo errado.

Você me deixa confuso,
Começa a me olhar,
Espera que eu entenda,
O que não consigo imaginar.

Não sei como te entender,
Compreendo as coisas de modo errado.
Você me faz enlouquecer,
Por um lugar ao teu lado.

Já esperei demais,
Demais para te ter.
A única coisa que compreendo,
É que não consigo te esquecer.

Minha esperança já se foi,
Tudo está errado.
Como posso desistir,
Sem mesmo ter tentado.

Louco de Vontade

Sinto algo forte
Que toma conta de mim,
Que me deixa louco,
Que me deixa assim.

Louco de vontade,
Vontade de te ver.
Louco de vontade,
Vontade de te ter.

Louco para te beijar,
Louco para te abraçar,
Louco de vontade,
Vontade de te amar.

Mesmo em pouco tempo
Estou louco por você.
Mas quando estou ao seu lado,
Não sei o que fazer.

Fico sem ação,
Sem ação no momento,
Não sei o que fazer,
Para expressar meu sentimento.

Louco por você,
Para estar ao seu lado.
Louco para ser,
Para ser seu namorado

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Procura do Tempo Perdido

Tempo perdido,
Tempo parado,
Tempo sozinho,
Sem você ao meu lado.

Sem te entender,
Sem compreensão
Sem palavras,
Só batidas do coração.

Só o passado,
Só momentos,
Só desejo,
Não tem sentimento.

Não tem consideração,
Não tem compaixão,
Não têm arrependimento,
Mas espera o perdão.

Mas como perdoar,
O que não tenho como culpar,
Tuas palavras são facadas,
Ao coração acertar.

Agora estou confuso,
Sem entender,
Se vamos continuar,
Ou se vou te perder.

A Ilusão de Estar Vivo

Num dia ensolarado
Vi meu mundo se acabar.
Num olhar, numa despedida,
Vi você me deixar.

Trocado por ilusão,
Fiz companhia à solidão,
Em prantos eu chorava
Sobre os pedaços de meu coração.

Sem saber o que fazer,
Sem ter para onde ir,
Caí deitado,
E não consegui fugir.

Quando acordei estava “morto”,
Vi que era verdade,
Você havia me deixado.
A desgraça era realidade.

Hoje moro na rua das ilusões,
Tendo solidão e desespero como vizinhos.
Tudo por que um dia,
Você deixou – me sozinho.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Escravo do Amor

Em teus braços...
Aprisionado;
Em tuas mãos...
Enforcado;
Em tua boca...
Sufocado;
Em tuas palavras...
Enganado;
Em teu beijo...
Maltratado;
Em teu corpo...
Chicoteado;
Em tua mente..
Desejado;
Em teu coração...
Abandonado;
Em tua vida...
Escravizado;
Por você...
Apaixonado.

Errado

É o mundo todo ouvir você dizer o quanto ama alguém;
É saber o limite das coisas e lembrar que nada tem limite;
É amar quem não te ama;
É não se entregar ao desconhecido;
É ter medo de descobrir o novo;
É demonstrar seu sentimento e não ser correspondido;
É o querer e o não poder;
É querer um abraço e não ganhar;
É querer um beijo e ter que roubar;
É discutir, brigar e se apaixonar;
É sofrer;
É sorrir;
É a saudade e a distância da pessoa amada;
É a música no rádio;
É a chuva lá fora;
É o sol escondido entre as nuvens brancas;
É o tempo que não passa e as horas que não param;
É descobrir que a vida é um instante e que esse instante quem faz é você;
É se apaixonar e ter que esquecer;
É mentir para o coração;
É fazê-lo morrer por amor e chorar de solidão;
ERRADO é a vida, que nos faz amar alguém.

Como devo te olhar?

Com que olhos devo te ver?
Serão eles de amor ou de carinho?
De ternura ou desejo?
Com que olhos que te vejo?
Serão sempre os mesmos?
Pode ser emoção ou sentimento;
Angustia ou sofrimento;
Palavra ou pensamento;
Só te olhar, não sei se aguento.
Com que olhos devo te ver?
Serão eles de mentira ou verdade;
De solidão ou saudade;
De inteiro ou metade;
De namoro ou amizade;
Com que olhos devo te ver?
Paixão ou sedução;
Sonho ou invenção;
Serão de distancia ou saudade;
De esperança ou felicidade;
Maldade ou esquecimento;
Só te olhar, não sei se agüento.
Com que olhos devo te ver?
Será que você..., também me olha?

Amor e Razão

A morte é o único sentido
Para quem não consegue viver.
Quando sua vida depende de outra
Só se pensa em morrer.

Quando palavras são ditas
Sem se importar com a razão,
Podem ser palavras-mentiras,
Mentiras para o coração.

Quando a razão se explica
Dependente de um sentimento,
Este sentimento estará venerável,
A todo e qualquer momento.

Este sentimento tem que ser verdadeiro,
E também compartilhado.
Mas quando só uma pessoa ama,
Jamais terá o outro alguém ao seu lado.

Amor e Razão,
Sentimentos de conta-mão.
Quando andam unidos
Causam desastres ao coração.

Falo Sério

Falo sério quando digo
Que teus lábios me fascinam,
Que tuas palavras me acalentam,
Que teus beijos me alucinam,
Que teus olhos me iluminam,
Que num olhar me enlouquece,
Que num gesto me possui,
Que num toque me padece.

Falo sério quando digo
O que não parece ser verdade,
Que o que sinto não é só vontade,
Que você deixou saudade,
Em um coração que aprendeu a te amar.

Falo tão sério
Que até parece brincadeira,
Brincadeira de criança,
Só porque guardo esperança,
De um dia poder te ter.

Pois te quero com tanta vontade,
Que as vezes nem parece verdade,
Que possa existir em toda à humanidade,
Amor tão infinito.

Procuro

Pelo por do sol,
Pela lua e as estrelas,
Pelo brilho do farol.
O canto do anoitecer,
As flores do alvorecer,
Pelas manhas a renascer.

Pelo amanha começado,
Pelo trabalho continuado,
Pelo amor desperdiçado,
Pelo beijo roubado,
Pelo abraço não dado,
Pelo vazio deixado,
Pelo dia inacabado.

Procuro...
Pelo brilho do olhar,
Pelo sino à soar,
Pela voz à cantar,
Pelos pássaros a voar,
Pelo sol a brilhar,
Pelo amor que vai voltar.

Pelo que quero ser,
Pelo que não quero ter,
Pelo que não consigo ver,
Pelos momentos a viver,
Pelas paixões a acontecer,
Procuro, ate você aparecer.