segunda-feira, 31 de maio de 2010

Segundas Intenções

Era pra ser um jogo
Não era pra ninguém se apegar
Fomos brincar de amor e olha só
Começamos a nos apaixonar

Enchemos-nos de dúvidas, de intrigas.
Deixamos que os outros tomassem conta de nós
Deixamos-nos levar pelo fogo, pelo desejo, pelo apelo carnal.
Ficamos em duvida sobre as regras do jogo
Jogamos mal e errado
Jogamos como loucos, como depravados.
Brincamos com o sentimento
E saímos machucados

Pensamos que era tudo diversão
Que era pegar e não se apegar
Achamos que fosse simples
Que a brincadeira não teria fim
Brincamos com o amor e estamos apaixonados
Mentimos pra nós mesmos e estamos desesperados

Acreditávamos que a solução era simples
Que nada passava de sonho ou ilusão
Acreditamos em nossas mentiras
Mentimos para o nosso coração

Fomos falsos
Não tinha uma só palavra sem uma segunda intenção
Fomos hipócritas
Desrespeitamos tudo que defendíamos quando estávamos sãos
Nossa sanidade foi abandonada
Assim que nos conhecemos
O amor tomou conta da gente
E agora não nos conhecemos

Nossas segundas intenções viraram únicas
Nossa brincadeira não tinha mais graça
Estávamos completamente apaixonados
Estávamos perdidos, sem ação ou reação.
Ficamos deslocados, ficamos sozinhos.
Estamos perdidos, sem querer ser achado.
Fomos verdadeiros no jogo da mentira
Brincamos de amar e agora estamos amando
Brincamos com o fogo e acabamos grudados
Grudados por um sentimento sem nome e tamanho
Brinquei contigo e virei teu brinquedo
Agora que quebrei, virei história.

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