quarta-feira, 24 de março de 2010

Gelo, Fogo do Pecado

Paixão é fogo,
Desejo, tentação,
A ardência do gelo
No toque da mão.

Gelo que percorre
O corpo encurvado,
Que derrete na boca
Sem o beijo roubado.

Os cabelos negros,
Uma boca a desejar
O que não pode ter,
Um beijo a roubar.

Gelo que queima
Como o fogo ardente,
Na menina cobiçada
Com jeito inocente.

Um jeito que domina
E leva a tentação.
O gelo desliza no corpo
E congela seu coração.

Noites vazias,
Coração machucado.
Noites sozinhas,
Sem te ter ao meu lado.

Preso ao Passado

Sinto-me mal em relembrar
É como se tivesse perdido a vontade de viver
Nem mulheres, nem festas, nem jogos.
Nada mais me da prazer

Sinto-me ligado ao passado
Como se minha liberdade estivesse presa
Sinto que não consigo me soltar
Embora as respostas estejam ali, sobre a mesa.

Nem sentimento, nem apelo carnal.
Nada mais faz sentido
Sinto como se nada importasse
Como se não tivesse vivido

Do anoitecer ao nascer do sol
Tudo é ligado à lembrança
Retorno ao meu passado
Vivo preso como uma criança