quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Monólogo

Lembra daquele beijo que você me deu?
Ele está guardado em minha mente
Junto com tua imagem
Que dentro de meu coração não para de gritar teu nome

Como se fosse ontem que nos conhecemos
Naquele teatro engraçado
Onde nós éramos o espetáculo
E ao meu lado, o teu lugar vago.

Eu te olhava e ria
Queria te ter ao meu lado,
Queria te abraçar.
Trocamos olhares e gestos
Tornamos-nos parte da arte
Fomos incertos

A foto que ainda está guardada
Foi o convite a uma nova experiência
Criamos um novo encontro
Trocamos as essências

Vi-te nervosa, preocupada.
Seria com quem pudesse ver, ou chegar?
Ou seria por estar ao meu lado,
Por querer me beijar, me abraçar?

Viramos um único ser
De espírito e alma
Teu cheiro, teus olhos, tua pele.
Teus atos, tudo era calma.

Virei teu servo, na tua vida teatral.
Virou minha dona, minha obra de arte.
Dominou meus sonhos e desejos
Mudou o monólogo de Vênus a Marte!

SaC ReD

Aquele cheiro perdido no ar
Mexe com meu pensamento
Por um determinado tempo tive medo de criar um mundo ilusivo
Um mundo onde tu seria só pra mim

Esse teu cheiro que desafia meus instintos
Provoca-me
Inquieta-me
Excita-me
Domina-me
Faz-me teu escravo

Esse teu “humor vermelho”
Teu cabelo vermelho
Meus olhos vermelhos
Meu vício pelo teu cheiro

Meu pensamento não abandona tua imagem
Teu cheiro não cansa de correr pelos corredores
Teu jeito marcante
Teu beijo picante
Meu desejo gritante
De te ver novamente
Esse fogo adormecido
Sentimento abusivo
Incontrolavelmente insano e obcecado por ti.

Esse teu cheiro que me domina
Que é fragrância única guardada em meus póros
Não tira de minha cabeça tua imagem
Nem de meu coração esse disparar involuntário
Sempre que esse teu cheiro vem e sega-me
Cega-me com esse sentimento que alimento pelo teu ser.

A.C.B

E tentar entender algo que foi feito pra ser sentido, tem como?
Engraçado como esse meu andar estranho e quieto, me deixa com cara de bobo.
Pelo simples fato de tu não sair de meus pensamentos.

Esse sentir bem, sentir-se a vontade, esse meu jeito de guri fulero.
Essa minha vontade incessante de gritar, correr, fugir pros teus braços.
Esse meu olhar tão certo, decidido e profundo.
Me confunde nesse teu oceano de sentimentos
Como se, um turbilhão de fantasias me dominasse e levassem ao teu encontro.

É esse teu jeito inconseqüente e inseguro, juntamente com teu olhar de menina.
Enganaram-me direitinho
Cai nas tuas garras como um pobre inseto preso na teia da aranha
E o pior, não tenho forças pra fugir.

Mesmo que eu tivesse tamanha força, não conseguiria.
Dominou-me de uma forma tão pura e sutil
Que essa tua pegada única me fez teu refém, deixou-me sem ação, feriu-me.

Mas não para que eu me machucasse, e sim para me marcar.
Feriu-me pra não te esquecer, feriu-me para lembrar.
Insano da tua parte, pois jamais eu ousaria tentar esquecer.
Essa aranha que prendeu-me em sua teia
Para que de amor eu viesse a morrer.