sexta-feira, 16 de abril de 2010

Névoa

É como se o ar frio da noite cobrisse meus olhos
Com a névoa branca e a garoa leve
Ele ofusca minha visão, faz-me sentir frio e vazio.

Essas noites longas e frias, em que o tempo sempre parece mudar.
Procuro algo que nem mesmo sei o que é
Tão pouco onde encontrar

Minha mente que sempre está cheia e confusa
Encontra-se vazia e perdida, como se nada fizesse sentido, como se tudo estivesse perdido, é como se ninguém me desses ouvidos e, ou se quer sabe que eu existo.

Procuro com calma uma explicação para algo que não sei onde está
O frio que me corrompe que me treme, que me faz temer...
Essas noites longas e escuras, frias, sombrias de palavras negativas e repetidas, deixam no ar a duvida da certeza, a divida não paga, a celebração do nada.

Parece que nada tem solução, parece que nunca irá mudar, sinto que não saio do lugar, que não consigo respirar, é como se eu não pudesse ver!

Lembro dos teus olhos e sorrisos, dos momentos bons e alegres, das promessas feitas e pagas, dos dias claros, chuvosos, ocupados e vazios.
As manhãs de namoro e as noites de amor, o cheiro do pecado, o gosto do perigo, o medo da descoberta, de ser visto, de ver, de ser, de não ter.

Essa névoa que me cobre, que me engana me iludiu e me confunde.
Névoa vazia, fria e sombria. Toma conta de mim como se eu fosse um objeto largado na rua, deixa-me encharcado, pingando o orvalho, deixa-me astuto as coisas que não tenho mais!

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