sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A moça da rua suja e impura

Os cabelos soltos,
Os óculos na face.
Tinha uma beleza oculta
E segredos a guardar.

Por aquela rua suja
Em que sempre a encontrava
Ela parecia desfilar sobre rosas
Em meio de tanta impureza

Sempre uniformizada,
A seriedade a denunciava madura,
Sólida feito rocha,
Delicada feito flor.

Feito zumbi perdido na noite
Eu aguardava o amanhecer,
Para revela na rua suja e impura
E sonhar com ela me ver.

Ser notado por ela
É bem mais que uma dádiva
Dos olhos claros as sardas dispersas
Ela encanta por onde passa
Com a simplicidade e a beleza de um pássaro que voa.

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